LANÇAMENTO DA PINDAIBA NO MARANHÃO

Num fim de tarde embriagador, Mestre Amaral fez esquentar os tambores. Logo as foram chegando as coreiras com suas saias rodadas, gingando e dançando. O mestre levava a toada, acompanhado de diversos coreiros. Cantos de memória, dor e cor. A noite tomou a tarde. Continuam os cantos e danças. Dali a pouco, juntam-se aqueles outra tribo de malucos. Iria acontecer o lançamento do número 11 da Pindaíba. Ao som do bolachão, os corpos balançavam ao ritmo do Reggae. Luzes & sombras, discos espalhados nas paredes, imagens carregadas de vida e desejo.

Mestre Amaral, coreiras, coreiros, levam a festa para dentro do Bar Odeon, no Beco da Pacotilha, em pleno Reviver. Fusão caleidoscópica e lisérgica de sons, imagens, cores e sabores: identificação trans do memento explosivo do homem em festa, dionisíaca liberdade intemporal.

De repente sob ao palco o poeta insano. Sob sons de tambores e flautas, braveja seus desejos de vida, morte, amor e liberdade. Outros bradaram seus cantos. Momentos de loucura e êxtase registrados pelo lápis de Augusto Filho.

Manoel Carlos