Um fato, depois desses 7 anos, é que a Pindaíba mobiliza forças sobrenaturais que funciona como atração para ajuntamento de loucos, bêbados, vagabundos, poetas insanos, desclassificados, usuários, desocupados, alucinados e comedores do manjar da paixão insana de estar vivo, apesar de toda essa merda que é o mundo que nos circunda. Forças criativas e destrutivas que atingem um estado entrópico de uma equalização finíssima. Uma corda estendida em ponto de tensão, de equilíbrio sempre precário, a ponto de romper-se ou afrouxar. Foram essas forças, evocadas por nós e mediadas pela VÉIA MALDITA,que decapitaram a estátua do padre fascista Luis Braga Rocha,em Quixadá, cujas suspeitas recaem sobre o Poeta de Meia Tigela. Foram elas que agindo pelas mãos de André Dias, enterraram um tejo pronto para ir para panela, e sobre a cova ergueu-se uma cruz.
Na SEMANA DE ARTE URBANA DO BENFICA (SAUB) mais uma vez a VÉIA MALDITA (Seria o espírito do José Alcides Pinto?) foi evocada, e atendeu o nosso chamado. Dessa vez, ela mobilizou forças blakeanas, energias ancestralíssimas, e trouxe para a praça da Gentilândia uma legião de demônios, aqueles das mais baixas ordens, para fazer o que mais gostam: beber, fumar, zombar, incomodar, desorganizar, até nos levar pelos paraísos artificiais e nos oferecer estada no inferno. Abaixo, registros, permitidos pela barba de Marcelo Bittencourt, do estado de transe e loucura em torno da banca Bardos, Letras de Biritas, na SAUB.