Ainda acerca dos Editais et all

Ainda acerca dos Editais et all


Por solicitação do além-polêmico e cênico, Augusto dos Azevedos, volto ao tema do: Editais et all. Fí-lo ainda por conta de outra provocação nietzcheana trazida à baila através da Dra. Cellina Muniz: “Porque o mundo, que nos diz respeito, não seria uma ficção?”
Vamos ao que nos interessa meus caros amigos e desafetos. O Estado como se sabe já de há muito mente em demasia, de tal modo que, a primeira indagação e reflexão séria, vem-a-ser: Noutros termos dispõe da violência legítima e edita os Editais? Ora quem os edita é o Estado, nos seus aparatos de poder e assinados por seus gerentes de comitê, com toda a carga de sentidos imanentes a esta posição de Ser-Editor. É o Ser-Editor no exercício de sua violência simbólica ou não. Na coercitividade social de Durkheim que lhe é peculiar, e que está presente em cada uma, das entrelinhas dos Editais et all; no ponto e vírgulas – e especialmente –, no seu poder de uso da supra violência dita legítima. Tão simbólica que muitas vezes chega à ficção. O virtual do real é o real!
Compreendo ainda que a ficção reside no que já mencionei anteriormente, na noção do Edital-Games. A ideia sem acento de “jogar o jogo jogado se assim for o seu desejo”. Se o espírito é livre, deve ser, pode ser porvir e devir, logo portanto o edital-games é muito simples e pragmático. Num lance os dados estão rolando e guerreiros da arte à vida ordinária no malhas do game. Acontece que alguns jogos são simulacros de simulacros do simulacro. E alguns dos mortais são muitos mortais nesses games ainda que as deusas e deuses sejam cópias/reproduções daqueles vis mortais – a reprodução de suas pulsões mais animais.
Todavia a reflexão que deve transparecer e semear; trata-se de pensar sobre o que se espera de um Ser-Editor e dos Editais et all? Flores ou tirania; poesias ou usurpação; risos ou stalinismo; olhares de Musas ou frígida burocracia. Para sair dessa dicotomia quase já uma tautologia. Espera-se por Papai Noel, a safadinha da Sininho ou um bicho medonho – o Leviatã.
A população é uma abstração no dizer do Karl se não a retornarmos com acúmulos da viagem da arte de aprendiz sempre. Estes diálogos com alguns e com todos aponta veredas para reflexão. Qual é a dimensão do Edital-game no imaginário dos usuários da 1ª à 9ª Arte. Este imaginário seria uma ficção, uma metáfora do fardo nos ombros dos realizadores do exercício das artes e de suas manhas, a cada manhã, de coitadismos e coitadices com suas significativas carapuças.
Penso que a História nos responderá dentre em breve, ou será, que formularemos estas respostas muito antes, porquanto os dados, os acasos, as escapadas e derrapadas estão a nossa frente! Esquivas e adelante hermanos! Viva Mercedes Sosa – A lírica da nossa hermana Liberdade!

Cafifa de Sierra